
Cerca de 300 garimpeiros já deixaram as terras indígenas Yanomami desde a semana ada, segundo soube a CNN Brasil de fontes da inteligência do governo roraimense.
Eles começaram a fugir do território desde que o governo federal bloqueou o espaço aéreo para inibir a chegada de insumos aos invasores, como combustível, peças e alimentos.
Vídeos compartilhados em redes sociais mostram os garimpeiros deixando a região a pé e pelo rio em barco lotado.
- Ex-deputado federal: Bolsonarista, Daniel Silveira é preso pela PF um dia depois de ficar sem mandato.
No sábado, a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, disse que esta saída sem a necessidade de uso da força policial era “melhor para todo mundo”.
— ARTIGOS RELACIONADOS
Com o espaço aéreo fechado pela Força Aérea Brasileira no território, os garimpeiros que procuram por transporte enfrentam a inflação dos preços de voos clandestinos de helicópteros, que podem chegar a R$ 15 mil por pessoa. Segundo a Polícia Federal, parte desses grupos em fuga tenta fugir para a Venezuela e a Guiana.
Escudo Yanomami 23
O governo realiza operações na região para aumentar a fiscalização e combater o garimpo ilegal. Na 4ª feira (1º), a FAB iniciou a operação Escudo Yanomami 2023, com o controle aéreo da área da Terra Indígena Yanomami e adjacências.
A Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas) acompanha as ações e pensa estratégias para evitar que os garimpeiros se desloquem para outras áreas indígenas.
“Não há nenhuma autorização legal para essa exploração. Então, tudo que é garimpo que está no território Yanomami é considerado ilegal. Portanto, precisam ser retirados imediatamente. É o que nesse momento o governo federal está decidido a fazer”, disse a ministra Sonia Guajajara.
Os indígenas da etnia yanomami sofrem com desassistência sanitária e enfrentam casos de desnutrição severa e de malária. Em 20 de janeiro, o Ministério da Saúde declarou emergência de saúde pública no território por causa dos problemas.
Com informações da CNN Brasil, Poder 360 e FSP
Deixe um comentário