
“Vai crescendo, meu filho, com a difícil luz do mundo” (Eugenio de Andrade)
Tuas palavras, Eugénio, reproduzem a voz dos nossos pais. Não raro, ouvimos deles os mesmos dizeres. De maneira mais rude, talvez; às vezes mais serenamente, pode ser.
Mas eles sempre irão ecoar o sábio conselho.
Hoje, crescida, acordo. E quando finalmente me reconheço, lembro quem sou.
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Não, não sou mais menina. E não, meu pai não está no quarto ao lado.
Medo…
A quem vou pedir ajuda quando os pesadelos vierem?! E quando os meus planos derem errado, quem vai me apoiar?!
A certeza de que ao levantar, pai, tu estarias na tua rede a ver o primeiro telejornal, me afagava. Em mim, a sinergia do contato atmosférico, me enchia os pulmões.
Então eu saia…
É, agora me custa levantar.
No entanto, a certeza da tua existência octogésima, e viril, vivifica meus oníricos dias.
Te abraço em pensamento.
E a quimera que me atormentava, corto-lhe a cauda, é só o monstro mitológico.
Uma linda obra💗💗💗
Parabéns tem muito amor nesse texto
Muito orgulho, dessa mulher uma ótima escritora, Parabéns talentosa. Demais! ❤
Uma obra de arte em palavras . Dá pra imaginar a cena em nossas cabeças. Um grande abraço paz e bem